As pulgas são insetos de coloração marrom-escuro que vivem entre a pelagem ou as plumas dos seus hóspedes e podem representar um risco considerável para a saúde dos animais, tanto pela transmissão de doenças ou quando a infestação é abundante, pela perda de sangue.
Ao picar a pele e sugar o sangue, esses animais estimulam células do organismo a liberarem uma substância chamada histamina, que provoca coceira e, se atingir o sangue, pode se espalhar pelo corpo todo.
Não são insetos alados, entretanto, se caracterizam por ter uma grande habilidade para pular, podendo atravessar distâncias de até duzentas vezes o seu tamanho em um só salto!
(Siphonaptera)
Como os bichinhos pegam pulgas?
Cães e gatos costumam pegar pulgas através do contato com outros animais ou com as pulgas do ambiente. Não são insetos alados, entretanto, se caracterizam por suas pernas traseiras extremamente fortes que o habilitam a pular de hospedeiro em hospedeiro ou do ambiente para o hospedeiro. Esses insetos são capazes atravessar distâncias de até duzentas vezes o seu tamanho em um só salto.
Como acontece as infestações?
O cão adquire algumas pulgas durante os passeios, após encontrar outros cachorros ou ambientes infestados. Essas pulgas acasalam e a fêmea começa a colocar ovos. São cerca de trinta por dia. Uma pulga vive 3 meses e coloca 30 ovos por dia, portanto, ela produzirá mais de 2 mil ovos durante a sua existência.
Os ovos não se fixam à pelagem e irão parar naqueles “locais ideais”, bem escondidos. Os ovos transformam-se em larvas que se alimentam de poeira. As larvas passam para a forma de pupa, estágio no qual poderá permanecer adormecida por até um ano. Na presença de calor e umidade as pupas se transformem em pulgas que irão infestar o animal em busca de alimento. Por esse motivo que as infestações são mais frequentes no verão.
Consequências
Devido ao fato de que as pulgas trocam de hóspede com tanta frequência e se alimentam de diferentes espécies animais, são portadoras de um número importante de doenças que podem chegar a ser muito perigosas. Por exemplo:
- A pulga dos ratos: Pode transmitir aos humanos a peste bubônica, septicemia e pneumônica primária.
- A pulga dos cães e gatos: Pode transmitir aos humanos a peste bubônica se ela for consumida por acidente. Também podem causar infecções graves que levam inclusive à amputação de membros.
Além disso:
- Coceira o tempo todo, podendo levar a infecções na pele e perda de pelos.
- Anemia, devido à perda de sangue.
- Levar à dermatite alérgica por picada de pulga (DAPP) nos animais que são alérgicos a saliva da pulga, ocasionando a uma coceira mais intensa com uma menor infestação.
- Transmissão de um verme intestinal se, ao se coçar, o cachorro comer pulgas contaminadas com o Dipylidium caninum.
Como combater as pulgas?
Pulgas nos animais:
Existem no mercado inúmeros produtos anti-pulgas: shampoo e sabonetes; talcos; coleiras; pipetas (spot-on); spray e comprimidos.
Para os pets:
- Os shampoos e sabonetes não têm efeito residual, ou seja, matam as pulgas apenas enquanto estão em contato com o produto durante o banho. Após o banho, o animal fica livre das pulgas até entrar em contato com o ambiente contaminado novamente.
- As coleiras podem ser bem eficazes, mas nem todas cumprem o que prometem. Além disso, deve-se evitar ficar tocando nelas, pois o remédio vai sendo liberado aos poucos nesse período e pode causar alguma irritação tanto na pele do cachorro quanto na sua pele.
- Existem algumas pipetas no mercado com princípio com diferentes ativos, logo, podem variar de eficácia, mas no geral funcionam bem. O mecanismo de aplicação é diretamente na pele, para isso, deve-se afastar os pelos para que a aplicação seja feita de forma correta. O local mais indicado é na nuca, pois o cachorro não terá como lamber depois da aplicação.
- Os sprays costumam ser muito eficientes e seguros. Com ele, o animal não precisa ser picado para que a pulga morra, basta ela entrar em contato com o pelo ou a pele do animal. Muita atenção ao comprar estes produtos, pois há sprays anti-pulgas para serem usados diretamente no cachorro e outros que só devem ser usados no ambiente.
- Alguns comprimidos conseguem ser bem eficazes, garantindo uma ação mais duradoura. Um ponto positivo nesse método é que, por ser oral, os animais que já estejam com a pele bastante ferida e que poderia ter alguma irritação no local de aplicação, ficam livres dessa complicação.
Para o ambiente:
- Usar um aspirador de pó com talco anti-pulgas dentro no saco do aspirador e aspirar todos os locais que o animal fica pode ajudar bastante no controle da infestação no ambiente.
- A pulverização com spray em todos os lugares que o animal tem acesso também auxilia bastante no controle das pulgas. Lembrando que agora estamos falando dos sprays para serem usados apenas e somente no ambiente e nunca no animal.
- Existem várias empresas dedetizadoras espalhadas por todo o Brasil e com os preços mais variados possíveis, sendo outra ótima opção.